segunda-feira, 12 de maio de 2025

Santos Doutores da Igreja Católica

The Holy Unmercenaries – Prayer Rope

 

Doutores da Igreja Católica

1. Santo Ambrósio de Milão   

Nome completo: Santo Ambrósio (Aurelius Ambrosius)   

Nascimento: Por volta de 340 d.C., em Augusta dos Tréveros (atual Trier, Alemanha)   

Falecimento: 4 de abril de 397, em Milão, Itália   

Biografia:    Ambrósio nasceu em uma família romana cristã de prestígio. Formado em retórica e direito, tornou-se governador da Ligúria e Emília. Foi eleito bispo de Milão em 374, mesmo sendo ainda catecúmeno. Como bispo, defendeu a ortodoxia contra o arianismo, apoiou a independência da Igreja frente ao Estado e foi um exemplo de santidade e erudição. Influenciou grandemente Santo Agostinho.

Razão do Título: Influente na relação entre Igreja e Estado, além de seus escritos litúrgicos e teológicos.

Proclamação como Doutor: Século XIII   

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII (por tradição, sem data exata de proclamação)

 

2. Santo Agostinho de Hipona   

Nome completo: Santo Agostinho (Aurelius Augustinus Hipponensis)   

Nascimento: 13 de novembro de 354, em Tagaste (atual Souk Ahras, Argélia)  

Falecimento: 28 de agosto de 430, em Hipona (atual Annaba, Argélia)   

Biografia:    Um dos maiores pensadores cristãos, Agostinho viveu juventude marcada por buscas filosóficas e hedonistas. Converteu-se ao cristianismo após profunda reflexão e influência de sua mãe Santa Mônica e de Santo Ambrósio. Como bispo de Hipona, escreveu obras fundamentais como “Confissões” e “A Cidade de Deus”, formando as bases da teologia ocidental.  

Razão do Título: Elaboração de uma vasta teologia sobre graça, pecado, Igreja e Trindade, especialmente em "Confissões" e "A Cidade de Deus".

Proclamação como Doutor: 1298   

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII

 

3. São Jerônimo   

Nome completo: São Jerônimo (Eusebius Sophronius Hieronymus)   

Nascimento: Por volta de 347, em Estridão (possivelmente na atual Croácia)   

Falecimento: 30 de setembro de 420, em Belém, Palestina   

Biografia:    Jerônimo foi um monge, eremita e estudioso das Escrituras. Dominava o grego, hebraico e latim. É conhecido principalmente por sua tradução da Bíblia para o latim — a Vulgata —, que se tornou texto oficial da Igreja por séculos. Teve forte influência na espiritualidade monástica e no estudo bíblico.   

Razão do Título: Tradução da Bíblia para o latim (Vulgata) e comentários exegéticos profundos.

Proclamação como Doutor: Século XIII   

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII

 

4. São Gregório Magno   

Nome completo: São Gregório I, o Magno   

Nascimento: Por volta de 540, em Roma, Itália   

Falecimento: 12 de março de 604, em Roma, Itália   

Biografia:    Filho de família senatorial, abandonou a carreira política para tornar-se monge. Eleito Papa em 590, destacou-se por sua ação pastoral, reorganização da Igreja, obras de caridade e promoção da liturgia (iniciando o Canto Gregoriano). Escreveu a “Regra Pastoral”, ainda hoje referência para os bispos.   

Razão do Título: Reformador litúrgico, escritor espiritual e organizador pastoral da Igreja.

Proclamação como Doutor: Século XIII   

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII

 

5. São Basílio Magno   

Nome completo: São Basílio de Cesareia   

Nascimento: Por volta de 329, em Cesareia da Capadócia (atual Turquia)   

Falecimento: 1º de janeiro de 379, em Cesareia da Capadócia   

Biografia:    Nascido em uma família cristã e culta, Basílio estudou em Constantinopla e Atenas, onde conheceu São Gregório Nazianzeno. Após se converter profundamente, tornou-se monge, fundando uma forma de vida monástica orientada para a vida comum e o serviço aos pobres. Como bispo, combateu o arianismo e defendeu a doutrina trinitária. Sua “Regra Monástica” é ainda seguida no Oriente.   

Razão do Título: Contribuições fundamentais para a teologia monástica e doutrina do Espírito Santo.

Proclamação como Doutor: Século XIII   

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII

 

6. São Gregório de Nazianzo   

Nome completo: São Gregório de Nazianzo (Gregório, o Teólogo)   

Nascimento: Por volta de 329, em Arianzus, Capadócia (atual Turquia)   

Falecimento: 25 de janeiro de 390, em Arianzus   

Biografia:    Grande orador e teólogo, conhecido como “o Teólogo” no Oriente. Destacou-se por sua defesa da Trindade contra os arianos. Foi arcebispo de Constantinopla durante o Concílio de 381. Seus sermões e poesias teológicas influenciaram fortemente a doutrina trinitária e a espiritualidade cristã.   

Razão do Título: Teólogo da Trindade, especialmente conhecido por seus discursos teológicos sobre o Filho e o Espírito Santo.

Proclamação como Doutor: Século XIII  

Papa que proclamou: Papa Bonifácio VIII

 

7. São Gregório de Nissa   

Nome completo: São Gregório de Nissa   

Nascimento: Por volta de 335, na Capadócia (atual Turquia)   

Falecimento: Por volta de 395, em local incerto (possivelmente Nissa, Capadócia)    Biografia:    Irmão de São Basílio, tornou-se bispo de Nissa e destacou-se por sua teologia mística e espiritual. Influenciado por Platão, formulou conceitos profundos sobre a divinização do ser humano e a incompreensibilidade de Deus. É considerado o “Pai da Mística Cristã”.   

Razão do Título: Gregório escreveu muitos sermões, tratados e obras teológicas, que são importantes fontes para o estudo da teologia cristã e para a compreensão da sua influência. Suas obras também exploram a ideia da salvação universal e do retorno de todos à comunhão com Deus.

Proclamação como Doutor: Século IX (considerado Doutor no Oriente)   

Papa que proclamou: Reconhecido tradicionalmente, não há proclamação formal ocidental

 

8. São João Crisóstomo   

Nome completo: São João Crisóstomo   

Nascimento: Por volta de 349, em Antioquia (atual Turquia)   

Falecimento: 14 de setembro de 407, em Comana, Ponto (atual Turquia)   

Biografia:    Conhecido como “Boca de Ouro” (Crisóstomo), foi um dos maiores pregadores da Igreja Antiga. Arcebispo de Constantinopla, denunciou abusos do clero e do imperador, o que levou ao seu exílio e morte. Seus comentários bíblicos, homilias e a Divina Liturgia que leva seu nome são tesouros do patrimônio cristão.   

Razão do Título: Destacou-se pela eloquência nas homilias e interpretações bíblicas.

Proclamação como Doutor: 451 (Concílio de Calcedônia reconheceu sua autoridade doutrinal)   

Papa que proclamou: Reconhecido formalmente como Doutor no Ocidente por Papa São Pio V em 1568;

 

9. São Leão Magno  

Nome completo: Papa São Leão I, o Magno   

Nascimento: Por volta de 400, em Toscana, Itália   

Falecimento: 10 de novembro de 461, em Roma, Itália   

Biografia:    Leão Magno foi um dos maiores Papas da Antiguidade. Defensor da doutrina da Encarnação, escreveu o famoso “Tomo a Flaviano”, fundamental no Concílio de Calcedônia (451), onde afirmou a união das duas naturezas em Cristo. Foi incansável na defesa da unidade da Igreja e do primado romano.   

Razão do Título: Doutrina sobre as duas naturezas de Cristo e liderança pastoral como Papa.

Proclamação como Doutor: 1754   

Papa que proclamou: Papa Bento XIV

 

10. Santo Isidoro de Sevilha   

Nome completo: Santo Isidoro de Sevilha   

Nascimento: Por volta de 560, em Cartagena, Espanha   

Falecimento: 4 de abril de 636, em Sevilha, Espanha   

Biografia:    Foi arcebispo de Sevilha e uma das maiores figuras da cultura visigótica. É autor das “Etimologias”, uma enciclopédia que preservou o saber clássico. Promoveu a educação e a conversão dos visigodos arianos. É considerado o último dos Padres da Igreja Latina.   

Razão do Título: Compilador do saber da Antiguidade e promotor da educação cristã.

Proclamação como Doutor: 1722   

Papa que proclamou: Papa Inocêncio XIII

 

11. São Beda, o Venerável   

Nome completo: São Beda, o Venerável   

Nascimento: Por volta de 672, em Northumbria, Inglaterra   

Falecimento: 25 de maio de 735, em Jarrow, Inglaterra   

Biografia:    Monge beneditino e grande historiador da Igreja na Inglaterra. Sua principal obra, “História Eclesiástica do Povo Inglês”, é uma fonte preciosa para o conhecimento do cristianismo primitivo nas Ilhas Britânicas. Também escreveu comentários bíblicos e tratados de cronologia.   

Razão do Título: Historiador da Igreja e erudito da Bíblia e da Patrística.

Proclamação como Doutor: 1899   

Papa que proclamou: Papa Leão XIII

 

12. São Pedro Crisólogo   

Nome completo: São Pedro Crisólogo   

Nascimento: Por volta de 380, em Ímola, Itália   

Falecimento: Cerca de 450, em Ímola, Itália   

Biografia:    Arcebispo de Ravena, foi chamado “Crisólogo” (palavra de ouro) por seu dom na pregação. Escreveu mais de 170 homilias claras, simples e profundas, centradas na encarnação e na caridade.   

Razão do Título: Defendeu a fé católica contra heresias, como o monofisitismo, que afirmava que Cristo tinha apenas uma natureza divina. É considerado um modelo de pastor, um pregador eloquente e um defensor da verdade. 

Proclamação como Doutor: 1729   

Papa que proclamou: Papa Bento XIII

 

13. Santo Anselmo de Boaventura   

Nome completo: Santo Anselmo de Aosta   

Nascimento: Por volta de 1033, em Aosta, Itália   

Falecimento: 21 de abril de 1109, em Cantuária, Inglaterra   

Biografia:    Monge beneditino, teólogo e arcebispo de Cantuária. Desenvolveu o conceito da “fé que busca entendimento” (fides quaerens intellectum). Escreveu obras fundamentais como Proslogion, onde apresenta o argumento ontológico para a existência de Deus.   

Razão do Título: Pai da escolástica e formulador da prova ontológica da existência de Deus.

Proclamação como Doutor: 1720   

Papa que proclamou: Papa Clemente XI

 

14. São Bernardo de Claraval   

Nome completo: São Bernardo de Claraval   

Nascimento: 1090, em Fontaine-lès-Dijon, França   

Falecimento: 20 de agosto de 1153, em Claraval, França   

Biografia:    Monge cisterciense, reformador, pregador da Segunda Cruzada e mestre espiritual. Fundou o mosteiro de Claraval e exerceu imensa influência na cristandade. Seus sermões sobre o Cântico dos Cânticos revelam profunda mística e amor à Virgem Maria. Ensinou que o amor de Deus deve ser o centro da vida cristã.   

Razão do Título: Teólogo místico e defensor da ortodoxia contra heresias.

Proclamação como Doutor: 1830   

Papa que proclamou: Papa Pio VIII

 

15. São Tomás de Aquino   

Nome completo: São Tomás de Aquino   

Nascimento: 1225, em Roccasecca, Reino da Sicília (atual Itália)   

Falecimento: 7 de março de 1274, em Fossanova, Itália   

Biografia:    Teólogo dominicano, o maior expoente da Escolástica. Uniu fé e razão com maestria, especialmente pela síntese do pensamento aristotélico com a teologia cristã. Sua Suma Teológica é um dos pilares do pensamento católico. Defensor da Eucaristia, compôs hinos como o Tantum Ergo.   

Razão do Título: Sistematizador da teologia cristã com base na filosofia aristotélica; autor da "Suma Teológica"

Proclamação como Doutor: 1567   

Papa que proclamou: Papa Pio V   

Título honorífico: Doutor Angélico

 

16. São Boaventura   

Nome completo: São Boaventura de Bagnoregio   

Nascimento: Por volta de 1217, em Bagnoregio, Itália  

 Falecimento: 15 de julho de 1274, em Lyon, França   

Biografia:    Franciscano, teólogo e místico. Foi Ministro Geral da Ordem Franciscana e participou do Concílio de Lyon II. Uniu a espiritualidade franciscana com a teologia escolástica. Suas obras destacam o papel do amor na união com Deus. Escreveu a Itinerário da Mente para Deus, uma obra-prima mística.   

Razão do Título: Teólogo franciscano que uniu mística e escolástica.

Proclamação como Doutor: 1588   

Papa que proclamou: Papa Sisto V   

Título honorífico: Doutor Seráfico

 

17. Santo Alberto Magno   

Nome completo: São Alberto de Lauingen (Alberto Magno)   

Nascimento: Por volta de 1200, em Lauingen, Alemanha   

Falecimento: 15 de novembro de 1280, em Colônia, Alemanha   

Biografia:    Dominicano, mestre de São Tomás de Aquino, destacou-se por seu conhecimento em ciências naturais, filosofia e teologia. Foi pioneiro no estudo de Aristóteles na cristandade latina. Foi chamado “Doctor Universalis” por sua vastíssima erudição.   

Razão do Título: Enciclopedista e mestre de São Tomás, integrou fé e razão na ciência e filosofia.

Proclamação como Doutor: 1931   

Papa que proclamou: Papa Pio XI

 

18. Santa Catarina de Sena   

Nome completo: Santa Catarina Benincasa de Sena   

Nascimento: 25 de março de 1347, em Sena, Itália   

Falecimento: 29 de abril de 1380, em Roma, Itália   

Biografia:    Mística dominicana, leiga da Ordem Terceira. Teve visões desde a infância e escreveu o Diálogo da Divina Providência. Foi conselheira de papas e trabalhou pela unidade da Igreja durante o Cisma do Ocidente. Teve papel decisivo no retorno do Papa de Avignon para Roma.   

Razão do Título: Influência teológica e política na reforma da Igreja, com escritos místicos notáveis.

Proclamação como Doutora: 1970   

Papa que proclamou: Papa Paulo VI   

Título honorífico: Doutora do Diálogo

 

19. São João da Cruz   

Nome completo: São João da Cruz (Juan de Yepes Álvarez)   

Nascimento: 24 de junho de 1542, em Fontiveros, Espanha   

Falecimento: 14 de dezembro de 1591, em Úbeda, Espanha   

Biografia:    Reformador da Ordem Carmelita junto com Santa Teresa d’Ávila, foi mestre da mística cristã. Suas obras como Subida do Monte Carmelo e Noite Escura da Alma são clássicos da teologia espiritual. Ensinou sobre o despojamento interior necessário para a união com Deus.   

Razão do Título: Mestre da mística cristã e co-reformador da Ordem Carmelita.

Proclamação como Doutor: 1926   

Papa que proclamou: Papa Pio XI   

Título honorífico: Doutor Místico

 

20. Santa Teresa de Ávila   

Nome completo: Santa Teresa de Jesus (Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada)   

Nascimento: 28 de março de 1515, em Ávila, Espanha   

Falecimento: 4 de outubro de 1582, em Alba de Tormes, Espanha   

Biografia:    Reformadora da Ordem Carmelita e fundadora das carmelitas descalças, foi uma das grandes místicas da Igreja. Suas obras, como O Castelo Interior e Livro da Vida, tratam da vida interior e da união com Deus. Exerceu influência decisiva na espiritualidade cristã.   

Razão do Título: Reformadora carmelita e autora de tratados místicos como "O Castelo Interior".

Proclamação como Doutora: 1970   

Papa que proclamou: Papa Paulo VI  

Título honorífico: Doutora da Oração

 

21. São Lourenço de Brindisi   

Nome completo: São Lourenço de Brindisi (Giulio Cesare Russo)   

Nascimento: 22 de julho de 1559, em Brindisi, Itália   

Falecimento: 22 de julho de 1619, em Lisboa, Portugal   

Biografia:    Capuchinho, grande pregador e diplomata, com profundos conhecimentos em hebraico, grego e latim. Defensor da fé contra o protestantismo e o islamismo. Seus sermões teológicos e marianos mostram profunda ortodoxia e zelo apostólico.   

Razão do Título: Pregador e teólogo com domínio de línguas eclesiásticas e bíblicas.

Proclamação como Doutor: 1959   

Papa que proclamou: Papa João XXIII

 

22. São Francisco de Sales   

Nome completo: São Francisco de Sales   

Nascimento: 21 de agosto de 1567, em Thorens-Glières, França   

Falecimento: 28 de dezembro de 1622, em Lyon, França   

Biografia:    Bispo de Genebra, escritor e diretor espiritual. Autor de Introdução à Vida Devota e Tratado do Amor de Deus. Defensor da santidade acessível a todos, inclusive aos leigos. Fundador da Ordem da Visitação com Santa Joana de Chantal.   

Razão do Título: Espiritualidade acessível ao laicato, autor de "Filotéia".

Proclamação como Doutor: 1877   

Papa que proclamou: Papa Pio IX   

Título honorífico: Doutor da Doçura

 

23. São Roberto Belarmino   

Nome completo: São Roberto Belarmino   

Nascimento: 4 de outubro de 1542, em Montepulciano, Itália   

Falecimento: 17 de setembro de 1621, em Roma, Itália   

Biografia:    Jesuíta, cardeal, teólogo da Contra-Reforma. Autor das Disputações sobre os Controvérsias Cristãs, uma das obras mais sistemáticas contra os erros protestantes. Participou da reforma da Igreja e do julgamento de Galileu (como moderado).   

Razão do Título: Apologista contra o protestantismo e defensor da autoridade papal.

Proclamação como Doutor: 1931   

Papa que proclamou: Papa Pio XI

 

24. Santo Afonso Maria de Ligório   

Nome completo: Santo Afonso Maria de Ligório   

Nascimento: 27 de setembro de 1696, em Marianella, Itália   

Falecimento: 1º de agosto de 1787, em Pagani, Itália   

Biografia:    Fundador da Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas), bispo, missionário, moralista e escritor espiritual. Defendeu a moral católica equilibrada, combatendo tanto o rigorismo quanto o laxismo. Escreveu a Teologia Moral, além de tratados devocionais como Visitas ao Santíssimo Sacramento.   

Razão do Título: Defensor da Moral católica e fundador dos redentoristas; escreveu sobre teologia moral e espiritualidade moral e espiritualidade.

Proclamação como Doutor: 1871   

Papa que proclamou: Papa Pio IX   

Título honorífico: Doutor da Moral

 

25. São Cirilo de Alexandria   

Nome completo: São Cirilo de Alexandria   

Nascimento: c. 376, em Alexandria, Egito   

Falecimento: 27 de junho de 444, em Alexandria, Egito   

Biografia:    Patriarca de Alexandria, grande defensor da maternidade divina de Maria (Theotokos), especialmente no Concílio de Éfeso (431). Combateu o nestorianismo e promoveu a doutrina da união hipostática de Cristo. Seus escritos sobre a encarnação marcaram a teologia cristã.   

Razão do Título: Defesa da maternidade divina de Maria (Theotokos) e da união hipostática em Cristo.

Proclamação como Doutor: 1882  

Papa que proclamou: Papa Leão XIII

 

26. São Cirilo de Jerusalém   

Nome completo: São Cirilo de Jerusalém   

Nascimento: c. 313, em Jerusalém    Falecimento: 386, em Jerusalém   

Biografia:    Bispo de Jerusalém, conhecido por suas Catequeses, destinadas a preparar os catecúmenos para o batismo. Enfrentou a crise ariana e sofreu exílio por sua fidelidade à ortodoxia. Destacou-se pela clareza na explicação dos sacramentos e da doutrina cristã.   

Razão do Título: Catequeses teológicas fundamentais para iniciantes na fé.

Proclamação como Doutor: 1882   

Papa que proclamou: Papa Leão XIII

 

27. Santo Efrém, o Sírio   

Nome completo: Santo Efrém da Síria   

Nascimento: c. 306, em Nísibis (atual Turquia)  

Falecimento: 9 de junho de 373, em Edessa   

Biografia:    Diácono e poeta, é considerado o maior teólogo da Igreja Síria. Escreveu hinos, comentários bíblicos e tratados contra heresias, com grande beleza literária e profundidade espiritual. Chamado de “Harpa do Espírito Santo”.   

Razão do Título: Poeta e teólogo da liturgia siríaca; autor de hinos eclesiásticos e doutrinais.

Proclamação como Doutor: 1920  

 Papa que proclamou: Papa Bento XV

 

28. São João Damasceno   

Nome completo: São João Damasceno   

Nascimento: c. 675, em Damasco, Síria   

Falecimento: c. 749, no Mosteiro de São Sabas, Palestina   

Biografia:    Último dos Padres da Igreja Oriental. Defensor das imagens sagradas durante a crise iconoclasta. Autor da obra Fonte do Conhecimento, síntese da teologia patrística. Destacou-se na mariologia e no culto dos santos.   

Razão do Título: Defensor do culto das imagens sagradas e sistematizador da teologia bizantina.

Proclamação como Doutor: 1890   

Papa que proclamou: Papa Leão XIII

 

29. São Gregório Nazianzeno   

Nome completo: São Gregório de Nazianzo   

Nascimento: c. 329, em Arianzus, Capadócia   

Falecimento: c. 390, em Nazianzo   

Biografia:    Teólogo e orador, conhecido como “o Teólogo” no Oriente. Defensor da doutrina trinitária contra o arianismo. Seus sermões sobre o Verbo encarnado são considerados obras-primas. Destacou-se também por sua espiritualidade e poesia.   

Razão do Título: Místico armênio com profundo lirismo teológico e espiritual.

Proclamação como Doutor: 1568   

Papa que proclamou: Papa Pio V

 

30. São Atanásio de Alexandria

Nome Completo: Athanásios Alexandrías

Nascimento: c. 296 Alexandria, no Egito

Falecimento: 2 de maio de 373 Alexandria, no Egito;

Biografia: foi um bispo, teólogo e líder cristão egípcio do século IV, considerado um dos maiores "Pai da Igreja". Recebeu uma boa educação em filosofia, gramática e teologia. Ele é conhecido principalmente por sua defesa do Trinitarismo contra o Arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus. Atanásio foi um forte defensor da fé nicena, que afirmava a divindade de Jesus, e enfrentou oposição e perseguições por seus ensinamentos. Foi ordenado sacerdote e serviu como diácono e assistente do bispo Alexandre de Alexandria. Após a morte de Alexandre, foi eleito bispo de Alexandria em 326. No Primeiro Concílio de Niceia (325), Atanásio desempenhou um papel crucial na defesa do Trinitarismo contra o Arianismo. Devido à sua defesa do Trinitarismo, enfrentou diversas perseguições e exílios, sendo expulso de Alexandria cinco vezes

Razão do Título: reconhecido pela sua contribuição para a teologia e a fé cristã. Defesa incansável da divindade de Cristo contra o arianismo, com profundos escritos teológicos sobre a Trindade.

Proclamação como Doutor: 1568

Papa que proclamou: Papa Pio V (por meio da bula "Divina disponente clementia")

 

 

31. Santa Teresinha do Menino Jesus   

Nome completo: Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face (Thérèse Martin)   

Nascimento: 2 de janeiro de 1873, em Alençon, França  

Falecimento: 30 de setembro de 1897, em Lisieux, França   

Biografia:    Carmelita descalça, mística e doutora da espiritualidade da “pequena via”. Ensinou o caminho da confiança e abandono filial em Deus. Sua autobiografia, História de uma Alma, tornou-se um clássico espiritual.   

Razão do Título: Teologia da infância espiritual, confiança e amor misericordioso de Deus.

Proclamação como Doutora: 1997   

Papa que proclamou: Papa João Paulo II   

Título honorífico: Doutora do Amor

 

32. Santa Hildegarda de Bingen   

Nome completo: Santa Hildegarda de Bingen   

Nascimento: 1098, em Bermersheim, Alemanha   

Falecimento: 17 de setembro de 1179, em Bingen, Alemanha   

Biografia:    Abadessa beneditina, mística, musicista, escritora, profetisa e naturalista. Escreveu visões teológicas como o Scivias e obras sobre medicina e cosmologia. Influente em seu tempo, escreveu a papas e imperadores.   

Razão do Título: Visões místicas e ensinamentos sobre medicina, cosmologia e espiritualidade;

Proclamação como Doutora: 2012  

Papa que proclamou: Papa Bento XVI   

Título honorífico: Doutora da Visão

 

33. São João de Ávila  

Nome completo: São João de Ávila  

Nascimento: 6 de janeiro de 1499, em Almodóvar del Campo, Espanha   

Falecimento: 10 de maio de 1569, em Montilla, Espanha   

Biografia:    Sacerdote e missionário espanhol, influente na reforma católica na Espanha. Autor de cartas espirituais e do Audi, filia. Diretor de Santa Teresa de Ávila e São João de Deus.   

Razão do Título: Pregador e escritor espiritual influente na reforma católica.

Proclamação como Doutor: 2012   

Papa que proclamou: Papa Bento XVI

 

34. Santo Hilário de Poitiers

Nome completo: Hilário de Poitiers 

Data de nascimento: c. 310 d.C. 

Data de falecimento: 367 d.C. 

Biografia:  Nascido em Poitiers, França, em família pagã da aristocracia galo-romana, converteu-se ao cristianismo adulto. Foi eleito bispo de Poitiers por aclamação popular por volta de 350. Tornou-se o principal oponente do arianismo no Ocidente, o que lhe valeu o exílio na Frígia (Ásia Menor) pelo imperador Constâncio II. Durante o exílio (356-361), escreveu suas obras mais importantes e estudou a teologia oriental. 

Razão de ser Doutor da Igreja:  - Sua profunda defesa da doutrina da Trindade contra os arianos - Obras teológicas fundamentais como "De Trinitate" (Sobre a Trindade) - Recebeu o título de "Atanásio do Ocidente" por sua luta contra as heresias 

Proclamação como Doutor:  13 de maio de 1851 

Papa que proclamou: Pio IX 

Título honorífico: "Martelo dos Arianos" (Malleus Arianorum)

 

35. São Pedro Damião

Nome completo: Pietro Damiani 

Data de nascimento: 1007 

Data de falecimento: 21/22 de fevereiro de 1072 

Biografia:  Nascido em Ravena, Itália, ficou órfão cedo e foi criado por um irmão que o maltratava. Outro irmão, arcipreste de Ravena, cuidou de sua educação. Tornou-se professor renomado, mas abandonou tudo para tornar-se eremita camaldulense em 1035. Foi eleito abade e trabalhou pela reforma da Igreja, combatendo a simonia e o nicolaísmo. Nomeado cardeal-bispo de Óstia em 1057 pelo Papa Estêvão IX, foi conselheiro de vários papas.  Razão de ser Doutor da Igreja:  - Suas obras sobre reforma eclesiástica e vida espiritual - Tratados teológicos importantes como "De Divina Omnipotentia" - Contribuição para o direito canônico e a teologia sacramental 

Proclamação como Doutor:  27 de setembro de 1828 

Papa que proclamou: Leão XII 

Título honorífico: "Doutor da Reforma Gregoriana"

 

37. Santo Antônio de Lisboa (de Pádua)

Nome completo: Fernando Martins de Bulhões (nome de batismo) 

Data de nascimento: 15 de agosto de 1195 

Data de falecimento: 13 de junho de 1231 

Biografia:  Nascido em Lisboa, Portugal, ingressou nos Cônegos Regulares de Santo Agostinho aos 15 anos. Transferiu-se para Coimbra, onde entrou para os franciscanos em 1220, adotando o nome Antônio. Missionário no Marrocos, teve que retornar por doença. Tornou-se grande pregador na Itália e França, combatendo heresias. Foi o primeiro professor de teologia franciscano, com permissão especial de São Francisco.  Razão de ser Doutor da Igreja:  - Sermões cheios de erudição bíblica e teológica - Conhecimento profundo das Escrituras (chamado "Arca do Testamento") - Combate às heresias de seu tempo através do ensino 

Proclamação como Doutor:  16 de janeiro de 1946 

Papa que proclamou: Pio XII 

Título honorífico: "Doutor Evangélico" (Doctor Evangelicus) Observação: Santo Antônio é conhecido tanto como "de Lisboa" (local de nascimento) quanto "de Pádua" (local onde morreu e é venerado). Sua festa é celebrada em 13 de junho.

 

37. Santo Ireneu de Lyon   

Nome completo: Santo Ireneu de Lyon   

Nascimento: c. 130, em Esmirna (atual Turquia)   

Falecimento: c. 202, em Lyon, França   

Biografia:    Bispo de Lyon e um dos primeiros grandes teólogos da Igreja. Combateu as heresias gnósticas com sua obra Contra as Heresias, defendendo a unidade da fé apostólica e da Escritura.   

Razão do Título: Combateu heresias gnósticas e destacou-se na defesa da tradição apostólica.

Proclamação como Doutor: 2022   

Papa que proclamou: Papa Francisco   

Título honorífico: Doutor da Unidade

segunda-feira, 14 de abril de 2025

A DESCIDA À MANSÃO DOS MORTOS

Did Jesus descend to Hell between His Death & Resurrection?

A "descida ao inferno" é uma doutrina dentro da teologia cristã, afirmada no Credo dos Apóstolos, que afirma que Jesus Cristo desceu ao reino dos mortos após sua crucificação. Essa doutrina é entendida de várias maneiras, mas a teologia católica oferece uma compreensão específica:

Pontos-chave da teologia
Reino dos mortos
: Jesus, como todos os humanos, experimentou a morte e, em sua alma, uniu-se a outros no reino dos mortos. As Escrituras se referem a essa morada como "os infernos" (Sheol em hebraico ou Hades em grego), significando a privação da visão de Deus.
 

Não o Inferno dos Condenados: Cristo não desceu ao inferno dos condenados. Em vez disso, ele foi ao reino daqueles que morreram antes dele, tanto justos quanto maus, que aguardavam o Redentor.
 

Libertação dos Justos: Cristo desceu para libertar as almas justas que estavam no "seio de Abraão", aguardando seu Salvador. Ele abriu as portas do céu para elas.
 

Proclamação da Boa Nova: Jesus desceu como Salvador, proclamando a Boa Nova aos espíritos ali aprisionados.
 

Triunfo sobre a Morte: Por meio de sua morte e descida, Cristo venceu a morte e o diabo, que tinha o poder da morte. Sua cruz escancarou as portas da morte.
 

Conclusão da Encarnação: A descida de Cristo ao inferno completa a jornada da Encarnação, ao apertar a mão de Adão e de todos aqueles que o aguardavam, trazendo-os à luz.
 

Propósito e Significado
Salvação Universal: A descida ao inferno completa a salvação do mundo inteiro.

Manifestar o poder redentor de Cristo até os confins da existência humana: nem mesmo os mortos estão fora do alcance da salvação. Abrir as portas do Céu aos justos do Antigo Testamento, como Abraão, Moisés, Davi, os profetas, etc. Triunfar sobre a morte e o pecado, iniciando o tempo novo da ressurreição.


Cumprimento da Profecia: Este evento cumpre profecias e demonstra o poder de Cristo sobre a morte.
 

Manifestação como Salvador: Cristo se manifestou como o Salvador tanto dos vivos quanto dos mortos.
Em resumo, a teologia da descida aos infernos ensina que Jesus Cristo, após sua morte, desceu ao reino dos mortos, não para sofrer castigo, mas para libertar os justos que aguardavam seu Redentor e proclamar a Boa Nova, completando assim sua obra de salvação para toda a humanidade.

Fundamento Bíblico e Patrístico

 Embora o Novo Testamento não narre diretamente o que Jesus fez entre a morte e a ressurreição, há algumas passagens que servem de base:

1 Pedro 3,18-20: “Cristo padeceu uma vez pelos pecados [...] foi vivificado pelo Espírito, no qual também foi pregar aos espíritos aprisionados.

Efésios 4,9-10: “Ora, que significa ‘subiu’, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra?”

Os Padres da Igreja, como Santo Irineu, Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino, ensinaram que Jesus desceu ao “Sheol” (em hebraico) ou “Hades” (em grego), o lugar dos mortos, onde os justos aguardavam a redenção.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC):

  • §631:
    "Jesus desceu à região dos mortos para que os mortos ouvissem a voz do Filho de Deus e os que a ouvissem vivessem."

  • §633:
    "A Escritura chama de infernos, o lugar da espera dos mortos, onde Jesus Cristo desceu. Ele não desceu para libertar os condenados, mas para libertar os justos que o haviam precedido."

 

Implicações Teológicas e Espirituais 

Cristo é Senhor da vida e da morte. Ao descer à mansão dos mortos, Ele demonstra que nenhuma alma está esquecida por Deus. Revela que a salvação é universal no sentido de que todos são chamados a participar dela – inclusive os que viveram antes de Cristo. Nos lembra que a esperança cristã transcende até mesmo a morte. 

Expressões na Arte e na Liturgia 

A Liturgia do Sábado Santo vive esse mistério em silêncio e espera. Nesse dia, celebramos a descida de Cristo à mansão dos mortos como o início da vitória. Ícones da tradição oriental mostram Cristo rompendo os portões do Hades e erguendo Adão e Eva pela mão — um símbolo da nova criação.

Leitura de uma antiga Homilia no grande Sábado Santo (século IV) 

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos. Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos. O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’  

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa. Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado. Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti. Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”. 

Now, which means 'rose', if not that had also descended to the lower regions of the earth? ”