ESCRITO NOSSO CAMINHO PARA DEUS
Muitos de nós em nossos momentos de
contemplação, de oração, nos deparamos com o mistério, a beleza da encarnação
do Filho de Deus, e muitas vezes nos questionamos por que será que é tão
difícil às pessoas, à nós cristãos vivermos em paz uns com os outros? Porque é
tão difícil as pessoas desejarem só o melhor, só o bem do irmão? Ao contrário,
buscamos julgar, condenar, aprisionar. Porque nos comportamos de maneira tão
diversa do projeto de Cristo e tão ocupados em destruir nossa própria casa,
preocupados em nos matarmos uns aos outros?
Para respondermos estas questões,
muitas vezes faz-se necessário olharmos à distância, do alto, devemos olhar
para nós mesmos de cima, com os olhos de Deus. Jesus olhou sempre para nós, em
nossa condição humana limitada e pecadora, de cima, e Ele próprio nos afirma:
“Eu venho do alto!”, e também: “gostaria que todos vocês renascessem do alto,
para serem capazes de ver com olhos novos.”. Esta é a teologia que devemos
compreender, que devemos buscar fervorosamente, insistentemente viver, olhar
para todos e cada um, para tudo ao nosso redor, com o olhar do Pai. O Pai da
Misericórdia, que olha para nossas fraquezas, fragilidades, limitações,
doenças, fracassos com a profunda e infinita misericórdia, com amor Rahamim - significa assim, um amor profundo
e entranhado da mãe para com seu filhinho; e amor Hesed -A palavra hebraica
mais utilizada no Antigo Testamento para significar misericórdia. Assim nos
ensina Jesus, nos oferecendo um caminho seguro para trilharmos no mundo, que
é o de abrir mão de todo e qualquer poder, que nos leve a opressão e que,
invariavelmente, destrói. Ele que abriu mão da maneira mais inesperada
possível, fazendo sua Kenosis -
Filipenses 2,7: “mas se esvaziou se si e
tomou a condição de escravo, fazendo-se semelhante aos homens. E mostrando-se
em figura humana.”; despojando-se de Sua divindade, se
tornando dependente dos homens, na debilidade de um bebê, na humilhação de um
crucificado. Jesus chorou, e se compadeceu, ao ver nossa agonia, nossa angústia
que causamos a nós mesmos, todas as vezes que decidimos tomar em nossas mãos,
nosso próprio destino, como o filho pródigo, todas as vezes que pedimos nossa
herança e partimos para lugares distantes do amor do Pai.
Precisamos olhar para dentro de nós
mesmos e precisamos tomar consciência do nosso desejo de poder, de nossa
cobiça, que são frutos de querermos ser donos do nosso destino. Devemos
perceber que constantemente, nos preocupamos com situações ou pessoas que não
nos levam a lugar algum, simplesmente para sermos percebidos, para vermos se
somos tidos em consideração ou não, se seremos premiados ou não. Constantemente
perguntamos a nós mesmos se somos melhores ou piores, mais fortes ou mais
fracos, mais inteligentes ou não, e então, tratamos aos irmãos como rivais na
corrida pelo sucesso, pela influência, pela popularidade, enfim, pelo poder.
Com tudo isso, só o que conseguimos é continuar inseguros, sem nenhum
controle, não nos conhecemos e não nos abrimos para o que realmente deveria
importar, a infinita misericórdia de Deus. Que devemos encontrar dentro de nós,
e distribuir aos irmãos. Quando nos dispormos a esse olhar, o olhar de Deus,
imediatamente perceberemos que somos todos um só, que nossas fraquezas são as
fraquezas do irmão, veremos que o que se passa na vida do irmão é exatamente o
mesmo que se passa em nós. Veremos que somos capazes das mesmas coisas para
garantirmos nossa segurança, e, na primeira necessidade, buscaremos o primeiro
pedaço de pau que estiver ao nosso alcance ou outra arma qualquer para fazer
valer o nosso “direito”, mesmo que ninguém esteja, de fato, nos ameaçando. E
essas armas se apresentam de várias formas, um amigo influente, o dinheiro, uma
formação superior, até mesmo os nossos dons, que outros não tenham, podem se
apresentar ainda na forma de um conhecimento a mais, um segredo, ou uma
autoridade sobre alguém. Sim, somos capazes de nos agarrarmos a tudo para
mantermos nosso status. Mas, a pior arma que podemos utilizar é na realidade, o
poder religioso, o poder que nos leva ou nos afasta do Reino de Deus. E vemos
muitos que rezam, louvam e dizem: “Senhor, Senhor!” e se deixam corromper pelo
poder efêmero, que rapidamente se acaba. Deus, em Sua Santa indignação,
responde: Isaías 29, 13 - Diz o
Senhor :já que este povo chega a Mim com a boca e Me glorifica com os lábios,
enquanto o seu coração está longe de Mim e seu culto a Mim é preceito humano e
rotina. Esse é o poder divisório, mais
ofensivo que todos os outros, e hoje encontramos milhares de milhares de filhos
de Deus, que se afastam dEle por terem sido ofendidos, roubados, pela religião,
por seus responsáveis; pessoas ofendidas desde a forma mais tola, como uma
crítica ou uma ausência na doença ou na morte, até da forma mais bruta, como um
abuso sexual. Essas ações diabólicas, marcam profundamente, ficam mais fortes
na memória, até mais do que as ofensas mundanas.
“Milhares de
pessoas, homens e mulheres separados e divorciados, muitos homossexuais e todas
as pessoas sem casa, sentindo-se rejeitadas nas casas de culto dos seus irmãos
e irmãs da família humana, afastam-se de Deus por experimentarem o abuso do
poder quando, em vez disso, esperavam apenas uma expressão de amor” O Caminho
do Poder – Henri J. M. Nouwen
O poder pode ser devastador no
coração dos mais frágeis, e hoje podemos comprovar o quanto é devastador pelos inúmeros
escândalos que lemos na mídia hodierna, que não se limita em espalhar esse tipo
de notícia, são homens que para não perderem o poder ou a riqueza são capazes
de tudo, trair, mentir, enganar, manipular, até mesmo inseridos no meio mais
Santo que o próprio Cristo nos deixou, sua Esposa a Igreja, inserem-se homens
ávidos por poder e riqueza, e que conforme sabemos por recentes escândalos,
agem diabolicamente contra o Santo Padre, tentam de todas as formas
enfraquece-lo em sua “cruzada” contra as ações malignas na terra, inclusive
inseridas na Cúria.
Assim, nestes tempos de grandes
combates, percebemos que uma das maiores tentações é o do uso da fé, da
esperança, para se sobrepor aos irmãos, e como consequência, ferir os
mandamentos de Deus, especialmente os principais, amar a Deus sobre todas as
coisas e aos irmãos como a si mesmo. Porém, para Sua glória, e para ser sempre
fiel a Si mesmo, o Senhor não nos olha com tristeza, ou com indignação, Seu
olhar é de pura misericórdia, que supera infinitamente tudo que se apresenta
como tristeza e dor. E num grande abraço de misericórdia, desarma todo poder do
mal, limitando-o ao Cronos,
fragilizando-se ao encarnar-se e vir montar Sua tenda entre nós. Jesus de
Nazaré, o nosso Deus frágil, esvaziado de todo poder, se faz parte da história
da salvação em completa fragilidade, demonstrando Sua misericórdia divina, Sua
glória e beleza, a verdade, a paz, a alegria, e acima de tudo Seu amor de
entranhas, em completa aniquilação de poder. Para nós, humanos e limitados ao
extremo, só vislumbramos tão grande mistério, só o vemos em parte, rezamos e
nos dirigimos ao mistério, mas estamos longe de o entendermos, pois se
conseguíssemos entender, o buscaríamos avidamente, nos esvaziaríamos também nós
de todo poder, por menor que fosse, e voltaríamos nosso olhar exclusivamente a
Jesus, cuja vida foi revestida da fragilidade humana.
Pessoas poderosas não nos atraem para
essa intimidade, pois nos moldam, nos (de)formam pelo medo. Sim, nós instintivamente temos medo das pessoas poderosas, pois elas podem nos controlar,
e nos levar a realizar atos que não queremos fazer. Somos moldados para nos
comportar automaticamente, como inferiores diante de pessoas com poder. E,
logo, queremos nós também ter esse poder, invejamos mesmo sem perceber, pois,
elas podem se dar ao luxo de transitar por onde imaginamos que elas queiram,
enquanto nós não podemos. Porém, o Senhor faz o contrário, Ele vem se aproximar
exatamente daqueles que não tem poder nenhum, os excluídos, os exilados, coxos,
cegos, aleijados, prostitutas e ladrões, mas não se faz poder para estes, se
faz um com eles. E nos diz, constantemente, na Palavra, na nossa experiência
pessoal, em todas as circunstâncias, “me imitem”, façam como Eu, buscai Meu
coração que é manso e humilde, que é simples como uma criança. Jesus se fez
bebê. Quem pode, diante de qualquer bebê, sentir medo? Um bebê é completamente
dependente dos seus pais. Ele quis ser dependente, por opção livre, por Sua
vontade. Frágil, não podia comer, beber, andar, falar, nada sem a ajuda de
Maria e José. Quem pode se sentir inferior frente a frente com um bebê tão
pequeno e frágil? Quem poderia ter qualquer sentimento de inveja de um
bebezinho que se limita a sorrir com pura ternura? O mistério da Encarnação.
Se fez dependente para crescer e viver no meio daquele povo e para depois
apresentar uma nova proposta de si religar ao Pai, ao Seu Pai. Ele próprio só
ao longo de seu crescimento humano pode ir se aproximando cada vez mais, aos
poucos do Pai. Todos nós sabemos também como e onde acaba essa história desse
bebê, na Cruz! Veio nu e voltou nu. A impotência da manjedoura torna-se a
impotência da Cruz! Todos zombaram, “salva-te a ti mesmo...”, “desce da Cruz e
acreditaremos em ti...” quem pode ter medo de um homem com a carne rasgada,
chicoteado, quem o inveja? E mesmo ao final de Seu ensino para a humanidade,
com a mente torturada, angústia suprema, escuridão e abandono, mesmo nesse
instante, ainda apresenta a maior fragilidade, a fragilidade total: “Pai, por
que me abandonastes?” mas logo em seguida, ato contínuo, revela-se dependente
daquele único de quem realmente deveria ser, o Pai das Misericórdias. Ele,
Jesus, a própria misericórdia encarnada, se vê dependente do Pai, e entrega Sua
existência, devolve Sua encarnação nas Suas mãos. “Está tudo consumado” nós
diz. Salvou a humanidade, nos salvou, me salvou, com Sua fragilidade. Eis como
Deus resolveu revelar-Se, eis como quis revelar Seu amor divino, chamar-nos de
volta para um abraço de misericórdia, o abraço do Pai, cheio de compaixão, para
nos provar que a Sua indignação por nós, foi absorvida na Sua infinita
Misericórdia.
Porém, mesmo que por si só, nascimento e morte, já sejam mais que
suficientes para mudarmos completamente nossas vidas, não se trata apenas
desses dois fatos, trata-se de uma vida inteira desprovida de poder. Quando
inicia Sua jornada de salvação, depois de 30 anos num vilarejo esquecido no
meio de Israel – “porventura, pode vir algo de bom de Nazaré?” estava desprovido de qualquer poder, quando
se apresenta, nos mostra um auto retrato sem poder nenhum, “felizes os pobres”
disse, Ele próprio pobre, sem controle de nada; “felizes os mansos” que se
preocupam com os menores; “felizes os que choram”, Ele próprio também chora e
se compadece de nós; “felizes os que tem fome e sede de justiça”, não hesita em
denunciar, em criticar o que é injustiça; “felizes os misericordiosos”, sem
nenhum sentimento de vingança, perdoa; “felizes os puros de coração”, Jesus
concentra toda a Sua atenção só no que interessa a Deus, só no que é
necessário, sem se dispersar com nada, sem se distrair; “felizes os pacíficos”,
reconciliando todas as nações; “felizes os perseguidos”, restaurando a realeza
pela pobreza, pela fragilidade. As bem-aventurança são, na realidade, o retrato
de Jesus, também o retrato de Deus Pai, o retrato pelo qual podemos descobrir
onde Jesus continua entre nós. Podemos encontrá-Lo nos doentes, nos
prisioneiros, nos refugiados, abandonados, vítimas de abusos sexuais, nos
moribundos, nos drogados, nos esquecidos. É na fragilidade que encontraremos
com Jesus entre nós, é onde somos sumariamente desafiados a nos tornarmos
irmãos e irmãs, a alargar nossas fronteiras e nosso amor. "Ele me respondeu: basta-te
a minha graça; a força se realiza na fraqueza. Portanto, com muito gosto me
orgulharei das minhas fraquezas, para que se aloje em mim o poder de Cristo
Jesus. "
2 Coríntios 12,9.
Vale esclarecer que abrir mão do
poder, não significa se tornar um fraco, um livre joguete na mão dos poderosos
deste mundo, não, longe disso, essa é uma perigosa armadilha, nós abrimos mãos
de sermos nós detentores de poderes que escravizam. Quando somos capazes de nos
libertar desses poderes, não podemos ser escravizados pela fragilidade. Então,
como viveremos neste mundo como testemunhas de Deus, investidos de tantas
fragilidades, de tanta impotência, e ainda assim, construir o Reino dEle entre
nós? Significa que iremos nos alegrar com a nossa falta de instrução? Significa
que a pobreza econômica, a falta de organização, seja física ou mesmo emocional
se tornem agora, virtudes a serem mantidas? Como se fosse uma benção a qual
devemos agradecer? Não, certamente que não, assim viveríamos o que Nietzsche
chamou de ser uma teologia da debilidade, uma teologia de fracos, que permite
aos chefes conservarem sua situação e poder; e que afinal, não passa de uma
desculpa conveniente para nossa própria incompetência, nossa própria derrota
diante das dificuldades. Não é um privilégio que Deus nos dá vivermos
constantemente na debilidade financeira, intelectual e, principalmente,
espiritual; não podemos por exemplo, procrastinar uma ajuda médica, ou
psicológica na esperança, ou pior na fé, de que é melhor sofrer por Deus do que
buscar a cura, Jesus veio para curar, não nos pedir que vivêssemos doentes por
Ele. Não temos o direito de romantizar a dor, a doença, as dores são para serem
curadas, carregar nossa cruz é decisão de vida, é seguir o caminho de Cristo
até a Cruz se preciso for, mas sem falsas mortificações, o que agrada a Deus é
um coração que se entrega ao amor e à misericórdia pelos irmãos, e isso já é
suficiente como cruz.
Também somos tentados a achar que a
falta de planejamento, a ausência de campanhas, agressivas até, para
angariarmos recursos, e estratégias inteligentes, são a vontade de Deus, mais
uma vez, NÃO, é engano para ficarmos patinando no lugar, o que o Senhor nos
pede é que sejamos fiéis à Sua vontade de partilharmos a vida, de não nos
deixarmos seduzir pelos poderes deste mundo e nos fechemos em nossa
mesquinheis, que usemos nossos dons e virtudes para ser suporte uns para os
outros em tudo que estiver ao nosso alcance intelectual, humano e espiritual.
Essa teologia nos desafia a olharmos do alto, com o olhar de Deus, não como
fraqueza humana, que é manipulada, mas com a fraqueza que nos permite termos
uma dependência incondicional da misericórdia de Deus, capaz de nos levar a
abrir autênticos canais do poder do alto, que cura as feridas da humanidade e
renova em si mesmo todas as coisas. A teologia da debilidade reclama sim um poder,
o do nosso Deus, o poder transformador do amor, e em última análise, nos
apresentar o poder que temos enquanto povo, enquanto Igreja, que caminha pela
terra, a qualquer tempo, com a confiança dos filhos de Deus, com a cabeça
erguida. Deus é poderoso, e Jesus não nos esconde esse poder quando nos promete
que muitos de nós veremos o Reino antes de voltarmos para junto dEle. Sim, nós
somos pobres, mansos, choramos, temos fome e sede de justiça, somos
misericordiosos, puros de coração e perseguidos pelas hostes diabólicas deste
mundo, mas jamais desistiremos, porque o Reino de Deus é nosso reino, é nossa
herança de filhos. A medida que formos adquirindo a coragem necessária para
sermos “batizados” na pobreza, na fragilidade, em atenção aos pobres deste tempo,
que em si mesmo já são naturalmente desprovidos de qualquer poder, mais seremos
inseridos no coração da infinita misericórdia de Deus, e seremos livres de
todas as amarras.
Revestidos desse poder de Deus, é que
seremos os líderes que o Senhor precisa, que aceitam correr os riscos
necessários, de tomar novas iniciativas, capazes de ser simples como as pombas
e inteligentes como as serpentes no nosso relacionamento com as instituições,
com a própria Igreja, seremos capazes de falar abertamente, sem medo, sobre
dinheiro com as pessoas que têm capacidade financeira para ajudar na proposta
de instalação do Reino. Homens e mulheres radicais, compromissados com o anúncio
da Boa Nova em toda parte e em todos os tempos.
Concluímos na convicção de que não é nada fácil, e Jesus sempre nos diz
isso, que precisaremos renunciar a nós mesmos, a renunciar aos mais amados até.
E para isso desafio a todos a praticarem três simples ações no seu dia a dia.
Primeiro, concentre sua atenção nos pobres que o Senhor vos enviar, em todas as
suas faces, formas, sejam elas físicas, intelectuais, emocionais e espirituais.
Quanto mais poderes as trevas demonstrem mais pobre teremos entre nós, e estes
sofre e gemem esperando a manifestação dos filhos de Deus; segundo, tenha fé,
sim, fé cega em Deus, tenha sempre a certeza de que Ele está sempre vários
passos a nossa frente no caminho, e Ele já iniciou essa atenção aos pobres há
muito. Tenhamos fé de que Deus já destinou um grupo numeroso de pessoas
dispostas a investir tempo, talentos e dinheiro. Que precisa ser convocado a
sair à luz do dia e ser luz também. Tenha a convicção profunda de que se Deus
nos pede, então se abrirão todas as portas cuja existência nem sequer
suspeitávamos. Em terceiro, e último, o exercício mais profundo, portanto o
mais difícil, deixe-se surpreender, não pelo sofrimento do dia a dia, mas pela
alegria, tome consciência de fazer parte de um projeto eterno, sim, tenha
consciência que fomos chamados a um projeto para a eternidade, alegre-se, não
permita a tristeza, o desanimo, em nenhuma circunstância. Deixe-se guiar por
Deus, se permitirmos, veremos acontecer em nossas vidas as mesmas graças que
viu São Pedro, à nossa frente teremos sofrimento, é certo, aliás, muito
sofrimento, que sempre nos trará perigo iminente, especialmente se duvidarmos e
perdermos a alegria. Por isso, repito, deixemos nos surpreender pela alegria,
com a pequena flor que brota no meio do deserto, com a beleza da obra magnifica
de Deus, com Sua encarnação entre nós. Com o profundo poder curativo que está
no fundo do cálice que somos convidados a beber com Cristo. Beber o cálice
passa por várias etapas, a que permeia é o sofrimento, mas a que termina é
sempre a da alegria do banquete da Núpcias do Cordeiro.
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